sexta-feira, 16 de setembro de 2011

No Ártico, camada de gelo baixa ao menor nível da história

Com base em imagens de satélites, três institutos diferentes confirmaram uma tendência que vem sendo mantida há 5 anos. Os estudos mostram que se a redução do gelo no Ártico continuar neste ritmo é possível que na próxima década o gelo não seja mais observado naquela região.

De acordo com cientistas da Universidade de Bremen, na Alemanha, medições feitas em setembro mostraram que a diminuição do gelo boreal deste ano (2011) bateu o recorde histórico medido em 2007. A afirmação é corroborada pela Agência Espacial Europeia, ESA, que informou que desde que começaram as medições por satélite na década de 1970, esta é a menor extensão de gelo observada nos últimos cinco anos.

Segundo Centro Nacional de Dados de Neve e Gelo dos EUA, NSIDC, este ano não deve bater o recorde, mas deve permanecer em segundo lugar, em uma espécie de empate técnico com o ano de 2007.

No entender dos climatologistas, a ausência de gelo no verão no Ártico pode afetar todo o clima do planeta. Segundo os meteorologistas, os recentes invernos rigorosos observados na Europa e na América do Norte já são um sinal dessas mudanças, pois o oceano mais quente e aberto no Ártico desvia os ventos polares para o sul.
  
Para o pesquisador Georg Heygsterall, da Universidade de Bremen, mais preocupante que o recorde de degelo é a tendência observada, já que todos os verões boreais desde 2007 tiveram degelos maiores do que antes daquele ano.
 Os dados utilizados pela Universidade de Bremen e pela ESA diferem daqueles usados pelo NSIDC, dos EUA. Apesar de ambos usarem imagens de satélites para quantificar a perda do gelo, as observações europeias permitem maior resolução da região, de 6 km por pixel contra 25 km por pixel.

Maior que o previsto
Baseados nos dados coletados nos últimos anos, os cientistas envolvidos no trabalho de mensurar a perda de gelo do ártico são unânimes e afirmam que o gelo marinho no verão está desaparecendo em um ritmo maior do que se previa.

"Um verão sem gelo no Ártico está rapidamente a caminho. A maioria dos dados mostra que os modelos estão subestimando o ritmo da perda de gelo", disse Kim Holmen, diretor-chefe do Instituto Polar da Noruega. "Estamos testemunhando uma mudança mais rápida do que os modelos sugeriram, o que pode significar que existem outros processos que ainda estamos por compreender".


A afirmação de Holmen é uma alusão aos relatórios divulgados há 4 anos pelo IPCC, Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas, que previam que os níveis de degelo agora observados só deveriam ocorrer daqui a três décadas. No relatório, o IPCC previu que o Ártico ficaria sem o gelo no verão somente no final deste século, mas isso pode acontecer já em 2013. Outros pesquisadores são mais conservadores e acreditam que isso deverá ocorrer entre 2020 e 2050.

No início do ano, a Organização Meteorológica Mundial declarou que o ano de 2010 empatou com 1998 e 2005 como os mais quentes desde que se iniciaram o início dos registros, há quase 150 anos.

2 comentários:

  1. O ártico é um caso a parte. temos de observar o degelo em pontos chaves, como a Antártida.
    Lá está tudo sem alterações graves.

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