quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Leite faz mal?

Pode fazer. Mas dá para reduzir a ingestão ou buscar cálcio em outras fontes
A bebida contém importante quantidade de cálcio, essencial para nossos ossos, mas vem se tornando polêmica à medida que se descobriu que pode causar também uma série de alergias e doenças. 
Um estudo recente feito pela Universidade de São Paulo (USP) mostrou que 57% dos brasileiros brancos têm diminuição da enzima que digere a lactose, o açúcar do leite. “Na idade adulta, o comum é sermos intolerantes a ele. Os mamíferos nascem para tomar leite só até os dois anos”, diz Rejane Mattar, uma das autoras do estudo e imunologista do Hospital das Clínicas. “Quem tem má digestão pode diminuir a quantidade ou trocar por queijo e iogurte. Mas não deve cortar totalmente porque seu cálcio é importante”, diz.
Para algumas linhas de estudos de nutrição, a ingestão da bebida traz outros problemas, como alergias e processos inflamatórios. “Quando qualquer proteína é mal digerida, pode passar para o sangue se houver buracos na parede do intestino”, diz a nutricionista Denise Madi Cerreiro. O organismo passa a combater esta macromolécula como se fosse um corpo estranho e podem aparecer rinite, sinusite, esofagite, dermatite, otite e celulite para quem ingere constantemente. “A proteína do leite de vaca pode até estar ligada ao acúmulo de gordura na barriga, aumento de pressão arterial, diabetes, ovário policístico, distúrbios de concentração, ansiedade e depressão”, diz Cerreiro.
Esses problemas psicológicos podem ser consequência de qualquer processo alérgico em que ocorre o aumento da histamina. Essa última influencia a liberação da serotonina, que acaba afetando nosso bem-estar emocional. A nutricionista indica que as necessidades de cálcio sejam supridas também com vegetais. Eles apresentam o mineral em menor quantidade, mas sua absorção pelo corpo causa menos problemas. 

Por Denise Dalla Colletta para Galileu

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