Papel
Sua fabricação já chegou a ser protegida como segredo de estado e a produção foi amarrada a correntes por medo de roubo. Mesmo depois de ter sua morte anunciada, o papel é ainda um dos principais meios para disseminação da informação no mundo
2000 a.C.
Egípcios escreviam no papiro, feito de uma planta que cresce às margens do Rio Nilo. As civilizações grega e romana também adotariam o material para seus escritos
105 d.C.
O papel como conhecemos é coisa dos chineses. Eles juntavam cascas de árvores, trapos e pedaços de rede de pesca nas primeiras versões, que guardavam ensinamentos sagrados. A fabricação era um segredo de estado
400
Monges copistas usavam pergaminhos, feitos de peles de animais, para reproduzir livros à mão. Muito caras, as peças ficavam presas em correntes
700
O segredo de fabricação da China caiu nas mãos dos árabes depois que eles forçaram presos chineses a descrever o processo. O papel foi aprimorado e começou a ser largamente produzido em Bagdá
1085
Os primeiros moinhos de papel europeus foram construídos na parte árabe da Espanha. O material foi gradativamente adotado na Europa, substituindo o pergaminho
1455
O alemão Gutenberg aperfeiçoa a impressão com caracteres móveis, e começa a produzir livros em massa. A primeira obra é a que mais vende até hoje: a Bíblia
1600
Papel importado da Europa era usado no Brasil para fazer mapas, livros escolares e religiosos. Portugal proibia oficinas de tipografia, por temer a propagação de notícias rebeldes
1719
Ao observar vespas fazerem ninho "mastigando" partes de árvore podre, o francês René Reaumur sugere usar madeira como matéria-prima do papel, o que demoraria mais de um século para se tornar realidade
1797
A demanda por livros impressos impulsiona o engenheiro francês Louis-Nicolas Robert a criar a primeira máquina de produzir papel continuamente, que substituiu o processo artesanal
1808
Com a vinda da família real é fundada a Imprensa Régia do Brasil. Os jornais a Gazeta do Rio de Janeiro e o Correio Braziliense (impresso em Londres) começam a circular por aqui
1974
O americano Arthur Fry cria o Post-it para ajudar a marcar as páginas no livro de cantos da igreja (ele era do coral). A ideia demora cinco anos até pegar como método para lembretes, mas vira sucesso de vendas
1975
A revista BussinessWeek faz reportagem futurista sobre o “escritório sem papel” e se torna a primeira de uma série de publicações a anunciar “a morte” do produto
Mas em vez de “morrer”, a produção de papel só cresce:
2000 >>> 323 milhões de toneladas
2009 >>> 377 milhões de toneladas
2010>>>405 milhões de toneladas
2010>>>405 milhões de toneladas
por Tatiane Ribeiro para Revista Galileu
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