Dia de Ada Lovelace - 7 de outubro

 Introdução: Francisco Boni

Fonte: Renata Avila em Global Voices Online

Introdução: Quem Foi Ada Lovelace?

A mulher como criadora do primeiro programa de computador.

A mulher conhecida como ‘Ada Lovelace’ nasceu em 1815 como Ada Gordon, filha única do casamento breve e tempestuoso do poeta errático George Gordon, famoso Lord Byron, e sua esposa que amava matemática, Annabella Milbanke.

Temendo que Ada herdaria o temperamento poético volátil do pai, sua mãe a criou sob um regime estrito de ciência, lógica e matemática. Em sua infância, Ada já tinha uma fascinação por máquinas — construindo caprichosos barcos e máquinas voadoras a vapor, e estudando minuciosamente os diagramas das novas invenções da Revolução Industrial que preenchiam as revistas científicas da época. Sua personalidade excêntrica e gosto por tais tecnologias poderiam fazer de Ada Lovelace uma heroína do Steampunk.

Com 19 anos, casou-se com um aristocrata, William King; quando King foi nomeado Conde de Lovelace em 1838, sua esposa se tornou Lady Ada King, Condessa de Lovelace. Ela é geralmente chamada de Ada Lovelace, o que é um pouco incorreto, mas evita confusões. Ela teve três filhos.Em 1833, a mentora de Lovelace, a cientista e polímata Mary Sommerville, apresentou-a para Charles Babbage, o Professor lucasiano de Matemática que já conseguira notória celebridade por seu visionário e  inacabado plano de máquinas de calcular mecânicas e gigantes. Charles Babbage e Ada Lovelace tinham personalidades excêntricas e se tornaram amigos próximos para a vida toda. Babbage a descrevia como “(…) uma Encantadora que jogava todo o seu encantamento mágico sobre uma das ciências mais abstratas e a dominava com uma força que poucos intelectos masculinos poderiam conseguir,” ou como em outra ocasião, como “A Encantadora de Números”.

 A Máquina Analítica

Lovelace estava profundamente intrigada pelos planos de Babbage para um dispositivo extremamente complicado que ele chamara de ‘Máquina Analítica’, que combinava uma sequência de engrenagens de sua antiga ‘Máquina Diferencial’ com um elaborado sistema operacional de cartões perfuráveis. Nunca foi construído, pois era extremamente caro e complexo, mas o design retinha todos os elementos essenciais de um computador. Além disso, era Turing-completo, ou seja, poderia simular qualquer outra máquina de Turing ou qualquer outro computador.. A única máquina Turing-completa foi finalmente implementada 111 anos depois, pelas mãos de John von Neumann.

Em 1842, Lovelace traduziu um artigo curto descrevendo a MáquinaAnalítica feito pelo matemático Italiano Luigi Menabrea, para publicação na Inglaterra. Babbage pediu para que ela expandisse o artigo, “(…) já que ela entendia a máquina tão bem.” O artigo final é quase três vezes maior que o original e continha muitos programas de computador ‘primitivos’, assim como observações surpreendentemente prescientes no uso da máquina, incluindo a manipulação de símbolos e música. 

Ainda que Babbage e seus assistentes tivessem feito rascunhos do que seriam programas para sua máquina, os programas que foram criados por Lovelace eram elaborados e completos, e os primeiros a serem publicados; por isso ela é referenciada como a ‘primeira programadora de computadores’. Babbage já “(…) elogiava os seus poderes matemáticos, e sua peculiar capacidade.” — esta maior, ele dizia, “(…) do que qualquer outra que ele conheceu, para preparar as descrições conectadas com a sua máquina de calcular.”

Ada Lovelace morreu de câncer aos 36 anos, poucos anos depois de uma publicação de ‘Esboço da Máquina Analítica, com Notas do Tradutor’.

A Máquina Analítica se manteve como uma visão, até que as notas de Lovelace foram encontradas e se tornaram um dos documentos críticos que inspiraram o trabalho de Alan Turing no primeiro computador moderno da década de 1940. O seu potencial, a sua paixão e a sua visão pela tecnologia fizeram dela um símbolo poderoso para as mulheres modernas na tecnologia. O trabalho dela influencia a todos, cada vez mais, porque o computador está, cada vez mais, em todo lugar.

Via Bule Voador