Os países do mundo tem investido pesado em energias alternativas nos últimos 10 anos. Os ambientalistas passam uma sensação de energia segura se ela vier de fontes limpas como a eólica. O que eles não percebem é que apesar de serem grátis, a água do mar, o vento e o sol tem um alto custo (dinheiro e recursos naturais) para ser transformado em energia.
Falarei sobre a energia eólica.
A cada MegaWatt de energia produzida, a turbina precisa de 50 toneladas de estanho para colocá-la em funcionamento. Se compararmos com gás natural, esse MegaWatt poderia ser produzido com apenas 300 quilos de estanho.
O vento não nos custa nada, mas a estrutura para obter essa energia custa nossos recursos naturais
A matéria-prima não é o único recurso utilizado para obter energia do vento, precisamos de áreas de terra para as famosas fazendas de vento. Para cada m² de terreno obtém-se 1 único Watt, 20 vezes menos do que uma usina de gás natural.
A energia solar necessita de menores áreas para sua produção e é possível utilizar os telhados das construções para obtê-la. Painéis solares de dimensões de 4X8 metros produz até 4 KiloWatts, o suficiente para diminuir o consumo de eletricidade comum em até 40% em uma residência com 5 pessoas.
O custo de instalação dos painéis tem baixado cada vez mais, e hoje está em US$ 5 mil por quilowatt. Mas é um custo similar ao da energia nuclear - que tem a vantagem de funcionar também à noite.
A prática mostra quão dispendiosas podem ser as energias renováveis. O estado americano da Califórnia pretende obter um terço da sua energia (cerca de 17 mil megawatts) de fontes limpas em 2020. Se essa meta for dividida meio a meio entre sol e vento, será necessário ocupar uma área 5 vezes maior do que Manhattan para os painéis solares e outra 70 vezes maior do que a ilha para as turbinas eólicas.
Não que devamos parar de investir em energias renováveis. Mas precisamos ser claros quanto ao retorno que podemos ter com elas.
O Brasil é um exemplo: tido como representante da importância do etanol, produz quase 28 bilhões de litros de álcool por ano. É pouco perto do que o país precisa. Petróleo e gás natural geram 9 vezes mais energia, segundo números da Petrobras. Sem contar o dinheiro que é preciso investir para alavancar as energias renováveis. Alguns países já perceberam que talvez seja um investimento alto demais. Nos EUA, o Senado cortou US$ 6 bilhões de subsídios para o etanol de milho.
A Espanha reduziu o apoio financeiro à energia solar e eólica.
A solução correta para a questão energética depende das características de cada país. A energia solar pode ser uma boa alternativa para a Arábia Saudita. A hidrelétrica para o Brasil e para a África Central. Se queremos reduzir as emissões de carbono, devemos olhar para dados e fatos. E não excluir opções como a energia nuclear, que segue como uma das nossas melhores opções, apesar do acidente de Fukushima, no Japão, no início deste ano.
O exemplo de obtenção de energia usando-se a água do mar, são as usinas aquáticas, onde se tem captação de energia das marés através de turbinas instaladas na vazão, onde elas giram em ambos sentidos.
Essa produção está se desenvolvendo ainda e a equivalência energética varia muito de lugar pra lugar. Sua consolidação ainda é cara pela infraestrutura necessária, mas sabemos que quando a demanda por energia aumentar esses valores são reduzidos
Post inspirado em texto de Robert Bryce ; pesquisador associado do Centro de Política Energética e Ambiental do Manhattan Institute e autor do livro Power Hungry: The Myths of "Green" Energy and the Real Fuels of the Future.
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