quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cinzas do vulcão Tungurahua atingem 4 quilômetros de altura e Equador mantém alerta

Vários povoados receberam intimação de evacuação após notificação de alerta laranja
O Tungurahua pode ser visto da cidade de Juive Grande

As colunas de cinzas lançadas pelo vulcão Tungurahua, no centro andino do Equador, alcançaram 4 km de altura na terça-feira, dois dias depois de reativar e forçar a declaração de alerta laranja em vários povoados, informou o Instituto Geofísico (IG) do país.

"O processo eruptivo mantém emissão constante de cinzas, alcançando até 4 km sobre o cume", informou o IG em seu relatório mais recente, destacando que o material afeta os povoados vizinhos.

A instituição informou, ainda, a emissão de blocos incandescentes e fluxos piroclásticos (mistura de gases, cinzas e fragmentos de rocha a temperaturas de até 800 graus centígrados), que desceram a 1 mil metros da cratera.

"A parte alta do vulcão, os vales e suas desembocaduras são as áreas de maior risco", embora "não tenham ocorrido nem chuvas nem avalanches", acrescentou o IG, que registrou dez explosões.

Na noite de segunda-feira houve boas condições na região do maciço, de 5.029 metros de altitude e 135 km ao sul de Quito, que permitiram observar a "liberação permanente de material incandescente", segundo boletim prévio do IG.

Enquanto isso, o Comitê de Operações de Emergência (COE) da província de Tungurahua acompanhava a situação permanentemente devido ao aumento da atividade vulcânica e da declaração, na véspera, do alerta laranja (anterior ao vermelho, de máxima periculosidade) nas zonas de influência, informou a Secretaria Nacional de Gestão de Riscos.
Via ZH

domingo, 27 de novembro de 2011

Forte explosão solar deve atingir a Terra nesta segunda-feira

Uma poderosa ejeção de massa coronal ocorrida no último sábado deve atingir a Terra nesta segunda-feira, provocando auroras boreais e possíveis blecautes de radiopropagação e distúrbios em redes elétricas localizadas em latitudes elevadas.


A ejeção de partículas teve origem na região da mancha solar 1353 e de acordo com Laboratório de Clima Espacial do Goddard Space Center, da Nasa, deverá se chocar com a Terra às 15h21 pelo horário de Brasília desta segunda-feira, com erro médio estimado de 7 horas.
Devido à espessura da esteira de partículas, o bombardeio eletromagnético se prolongará por cerca de 24 horas, com efeitos mais acentuados nas localidades situadas a partir da latitude 30 graus norte. Os maiores efeitos, no entanto, ocorrerão acima do paralelo 45, onde os habitantes testemunharão auroras boreais e desvios magnéticos superiores a 2 graus.
Dados computados pelo Centro de Previsão de Clima Espacial da NOAA, SWPC, o fluxo de partículas está se deslocando pelo espaço a 3.5 milhões de km/h.
Apesar do intenso bombardeio por que passará a Terra, não existem riscos para pessoas ou animais. O efeito maior será causado nas altas camadas da atmosfera, especialmente a ionosfera, causando distúrbios capazes de bloquear transmissões de rádio em baixa frequência. Não estão descartadas possibilidades de desvios significativos em bússolas nas latitudes equatoriais, assim como pequenos erros de geolocalização por GPS.
As aeronaves em voo não deverão sentir qualquer impacto devido à chegada das partículas oriundas do Sol, mas embarcações que utilizam localização magnética deverão se manter informados através de boletins sobre possíveis correções nos sistemas de orientação.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Intel 4004 – O primeiro microprocessador do mundo faz 40 anos


Em meados de 1969, a (antiga Nippon Machine Corporation) Busicom solicitou a Intel um projeto de 12 chips personalizados para serem inseridos em seu novo projeto, uma calculadora com impressão. Em vez de criar uma dúzia de chips customizados especificamente para a calculadora, os engenheiros da Intel criaram uma família de apenas 4 chips, incluindo um que poderia ser personalizado e programado para uso em uma variedade de produtos. Era a partir aí que nascia o Intel 4004.

Núcleo de um processador, também chamado de core
Quase dois anos de desenvolvimento, já em 1971 foi lançado comercialmente a primeira Unidade Central de Processamento com 4-bits. Inicialmente o 4004 foi o responsável por desencadear a tendência da evolução dos micro processadores onde qualquer engenheiro poderia comprar e personalizá-lo com o software para executar diferentes funções em uma ampla variedade de dispositivos eletrônicos.

Com sua capacidade e sucesso, este pequeno microprocessador logo encontrou muitos usos. A Intel iniciou um processo que fez com que alguns outros fabricantes de chips a embarcar em projetos para desenvolverem microprocessadores mais capazes, fato que gerou a tendência onde foram criadas as indústrias multibilionárias dos microprocessadores e dos microcomputadores atuais.

O 4004 era um processador de 16 pinos de cerâmica com um total de 2300 transístores MOS e uma velocidade de clock de 0.740Mhz ou 740Khz.
Uma diferença de "Anos-Luz" com relação aos processadores i7, os mais atuais da Intel.
Para se ter uma idéia um core i7 seria a grosso modo, 2,6 quatrilhões de vezes mais rápido do que um 4004 (2.600.000.000.000.000 )

Vi Aqui

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Acontece muito...

Cantora Adele se recupera de cirurgia na garganta

A cantora Britânica Adele recupera-se de uma cirurgia em suas cordas vocais. tudo correu bem na intervenção e ela deixa os shows até o ano que vem.
Considerada a sucessora de Amy Winehouse pela sua bela voz, Adele encanta pela perfeição de seu timbre de Soul music e pelas letras recheadas de desilusões amorosas.
Com seu segundo album -21- Adele é a artista que mais vendeu discos na Europa no ano de 2011, perdendo em vendas mundiais apenas para Lady Gaga.
Ficamos esperando sua recuperação e sua volta aos palcos em breve

Um pouco da profissão: Gestor Ambiental

Sabemos que a profissão de Gestor Ambiental é extremamente nova se comparada com outras carreiras. Porém, não podemos deixar de lembrar que a profissão surgiu diante da necessidade urgente da conservação dos recursos naturais e está projetada como uma das mais importantes para o século XXI.

Para que possamos pensar em ‘conservação ambiental’, precisamos fazer uma análise sobre quais são os impactos ambientais (negativos ou positivos) diários de todas as atividades com as quais estamos envolvidos e como isso está afetando nossas vidas. E, para que essa análise seja possível, é necessário desenvolvimento e aplicação de metodologias e tecnologias capazes de proporcionar a tão falada sustentabilidade.
Uma das faces da profissão de um Gestor Ambiental é justamente a capacidade de atuação em processos que buscam melhorias contínuas dos meios de produção e outros setores de nossa economia.

Entre várias ferramentas existentes, existe uma muito importante: o S.G.A – Sistema de Gestão Ambiental.
Segundo a NBR ISO 14001 (1996, p.4), Sistema de Gestão Ambiental é a parte do sistema de gestão global, que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental.

As empresas certificadas ISO 14001 descobriram que gerenciamento de riscos, redução de custos, desempenho ambiental melhorado, economia de energia e imagem corporativa, são alguns dos benefícios obtidos com a certificação. As empresas que ainda não possuem nenhuma prática voltada ao gerenciamento do meio ambiente, estão começando a criar setores específicos para tratar a questão.
Assim, o papel do gestor ambiental dentro da criação do SGA é de extrema importância, pois é ele o responsável pela coordenação de toda a política ambiental da empresa, dando suporte a equipe de profissionais envolvidos, definindo as estratégias de mitigação de impactos ambientais negativos (antrópicos ou não), gerenciando as mais diversas situações, elaborando diagnósticos e determinando os investimentos cabíveis na área de conservação e proteção ambiental.

Claro, não esquecendo que hoje, mais do que nunca, é necessário um olhar holístico para vivermos melhor num mundo polarizado e marcado por diferenças sociais, que os trabalhos sejam desenvolvidos de maneira multidisciplinar e transdisciplinar. E, respeitando-se as especificidades de cada profissão, o profissional Gestor Ambiental está mais do que preparado para atende perfeitamente as necessidades do mercado de trabalho e dar sua contribuição para as futuras gerações.

Saiba mais sobre o isopor

Prazer, EPS
O nome como o conhecemos é o que caiu no “popular”. Na verdade, isopor é a marca registrada da Knauf Isopor Ltda, empresa que fabrica o poliestireno expandido (ou EPS, na sigla em inglês), descoberto na Alemanha em 1949.

Feito de quê?
O isopor é um tipo de plástico fabricado a partir do estireno, derivado do petróleo. O material passa pelo processo de polimerização, formando o poliestireno, composto por carbono e hidrogênio. Ele é expandido (mais de 95% de ar) e por isso pode se transformar em produtos com vários formatos.

Aplicações
O isopor é usado em diversos setores da indústria. Os mais vistos pelos consumidores são as embalagens, caixas térmicas e proteção para aparelhos e máquinas como televisão e geladeira, e produtos frágeis como remédios. Mas também é usado na construção civil, por ser bom isolante térmico e resistente a determinadas condições. Entra, por exemplo, na preparação de concreto leve lajes, telhas, forros e câmeras frigoríficas.

Reciclagem
O isopor é reciclável. Para isso, deve estar limpo e separado de partes metálicas, de papel ou adesivos. No processo, é triturado e reduzido mecanicamente para formar pérolas (pequenas bolinhas). Após o aquecimento dos flocos em sistemas de extrusão, o ar é liberado e eles são fundidos. A máscara viscosa que é formada dá origem a objetos como clipes de papel, interruptores, caixas e materiais de escritório. A Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) disponibiliza um vídeo que mostra o passo a passo do processo de fabricação e reciclagem.

A questão do descarte
O processo de coleta e reciclagem do material não é tão simples. Como é leve, porém muito volumoso, o transporte acaba sendo caro. Para que seja viável, as quantidades devem ser muito grandes e muitas cooperativas não estão preparadas – por isso, muitas nem se interessam pelo material.

O isopor descartado de forma incorreta acarreta uma série de prejuízos à natureza: ocupa muito espaço nos aterros e lixões, que estão saturados e poderiam ser destinados a outros resíduos. Por ter a decomposição muito lenta e ser impermeável, prejudica o solo e impede a penetração de água. Quando cai em rios e mares, além de poluir, podem confundir os animais (que pensam que é comida).

O que fazer?
O isopor é um bom aliado em muitos produtos. Hoje em dia, no entanto, é usado em muitas situações em que é possível evitá-lo. Para fazer a sua parte, prefira embalagens de supermercados para produtos como ovos e carne que não sejam de isopor. O mesmo vale para bandejas de frios e legumes. Quando comprar um produto, procure deixar a proteção de isopor na própria loja ou então faça o descarte na parte de “plástico” das lixeiras de coleta seletiva.

Tirei Daqui

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Maior ponte solar do mundo é construída em Londres



A partir do ano que vem a Tower Bridge disputará atenção dos turistas de Londres com uma ponte que atualmente está sendo reformada na cidade. Quando concluída, será a maior ponte solar do mundo.

Ela será instalada sobre a estação de trem Blackfriars, que fica na ponte de mesmo nome, sobre o rio Tâmisa. O novo telhado da estação será coberto de placas solares – ao todo serão 4.400 painéis em mais de 6 mil metros quadrados– para captar, armazenar e transformar a energia do sol em eletricidade.

Construída em 1886, a ponte Blackfriars tem 281 metros de comprimento e, com a novidade, passará a ser o maior sistema de captação de energia solar em Londres. Espera-se que a tecnologia gere 900 mil kWh a cada ano, o que significa metade da demanda de energia da estação. Com isso, deixará de emitir cerca de 511 toneladas de gás carbônico por ano.

Depois de reformada, a estação Blackfriars também aproveitará a iluminação natural e captará água da chuva para reusar em alguns processos de sua operação. Antes que a piada com o clima chuvoso e nevoeiro de Londres seja feita, é bom lembrar que existem placas solares que não dependem de um dia ensolarado para produzir energia elétrica.

Vi Aqui

Pense numa loucura...MUITA loucura

Montanha Russa individual em parque nos alpes

Clipe Póstumo de Amy Winehouse. Our Day Will Come é um cover do grupo Ruby & The Romantics

Aquecimento global 250 milhões de anos atrás causou “inferno na terra”

O maior estudo já feito da extinção em massa que ocorreu na Terra no período Permiano-Triássico concluiu que o evento foi provavelmente causado por emissões catastróficas de gases do “efeito estufa”.

Ou seja, naquela época, enormes quantidades de dióxido de carbono e/ou de metano, a partir da maior erupção vulcânica da história, criaram altas temperaturas, provocando incêndios que destruíram florestas e tornaram terras férteis em desertos.
Enquanto isso, os ambientes marinhos rasos foram drenados de oxigênio.

O cataclismo matou 95% da vida marinha e 70% de toda a vida na terra. Na época do desastre, a vida estava apenas começando a ganhar impulso no planeta. Vertebrados de quatro membros estavam começando a se diversificar em grupos que incluíam anfíbios, répteis e ancestrais primitivos dos mamíferos.

A nova pesquisa se baseou em uma variedade de técnicas de datação e análise de rochas sedimentares na China e no Tibet. O estudo aponta o evento de extinção para 252,28 milhões de anos atrás.

Os cientistas acreditam que ele foi provocado por uma erupção massiva das Armadilhas da Sibéria, um sistema de vulcões no que hoje é a Rússia.
Todo o evento durou menos de 200.000 anos, com a maioria das espécies se extinguindo em um período de 20.000 anos.

Os pesquisadores disseram que o momento e o ritmo da extinção em massa indicam que ambos os ecossistemas terrestres e marinhos se colapsaram “de repente”. O rápido aquecimento global teria causado “aridez continental” e “incêndios florestais generalizados”.
Os cientistas adicionam que não estão discutindo a mudança climática moderna, mas que obviamente o aquecimento global é uma preocupação da biodiversidade hoje. “O registro geológico nos diz que ‘mudanças’ acontecem no clima o tempo todo, e deste evento de grande extinção, a vida conseguiu se recuperar”, afirmam.
FONTE: Telegraph VIA HYPESCIENCE

sábado, 19 de novembro de 2011

Como surgiu o metro?

Barra de platina, que por muito tempo, representou 1 Metro

Antes de explicar como ele foi criado, é importante entender por que ele foi criado.
Logo que as civilizações começaram a se formar, principalmente as que lidavam com o comércio, surgiu a necessidade de "medir" as coisas. Durante muito tempo foi um trabalho bem difícil, as pessoas usavam as partes do corpo como instrumentos: Mãos, pés, braços, e como vocês podem imaginar, nem sempre as pessoas concordavam umas com as outras. Houve uma época em que um rei tentou organizar as coisas e crio os "Pés" e a "Polegada", que correspondiam, logicamente, ao tamanho do seu pé e de um dos dedos de sua mão.
Em 1789, o Governo Republicano Francês pediu à Academia de Ciência da França que criasse um sistema de medidas baseado numa "constante natural", ou seja, não arbitrária -Ipm.
O resultados dessa pesquisa deram origem ao Metro, o Litro e o Quilograma. Esse que mais tarde foram substituídos pelo Sistema Internacional de Unidades.
Bom, mas como surgiu o metro então? Para resolver o problema e achar uma medida que fosse naturalmente constante, o cientistas dividiram o tamanho da terra em muitas partes e pegaram uma delas, melhor falando, a medida ficou definida como "a décima milionésima parte da quarta parte do meridiano terrestre" (dividiu-se o comprimento do meridiano por 4.000.000).
E para padronizar, criou-se uma barra de platina ,de secção retangular, com 25,3mm de espessura e com 1m de comprimento de lado a lado. Essa barra está guardada até hoje no Bureau Internacional de Pesos e Medidas, na França, porem não é mais usada.
Atualmente os cientistas usam um outro sistema para encontrar a unidade metro, eles fazem da velocidade da luz, a constante pela qual ela se propaga por segundo e a dividem por um número em específico. Ou seja, eles conhecem um número, na verdade um intervalo de tempo, que a luz leva para percorrer a distancia exata de 1 (um) metro. Esse número? 1/299.792.458 de segundo (unidade de base ratificada pela 17ª CGPM - 1983).
FONTE: Wikipédia

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Como se estabeleceu quanto pesaria 1 kg ?

Provavelmente entediado da sua vidinha de doces e festas em Versalhes no século 18, o rei da França, Luís XVI, convocou cientistas para que estabelecessem uma medida de peso, aspecto importante nas negociações comerciais.
A comissão, que incluía o químico Antoine Lavoisier, aquele do “Nada se cria, nada se perde”, definiu que um quilo corresponderia a um litro de água no ponto de congelamento. Veio a Revolução Francesa, cortaram a cabeça do rei — e Lavoisier perdeu a sua também —, mas a ideia ficou. Como o peso da água varia de acordo com a pureza, uma conferência internacional em 1889 resolveu construir um cilindro de platina e irídio, eternizando a medida. A partir de então, um quilo tem que ter o mesmo peso do cilindro, guardado em Paris, e usado até hoje para calibrar balanças.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Quem se importa?

Usina Hidroelétrica de Belo Monte. Você sabe do que estamos falando? Você aprova?
Informe-se um pouco mais AQUI

O que existe no centro da Terra?

Por Marina Bessa

Uma grande bola de metal! Mais especificamente, uma bola sólida de ferro e níquel. Pode parecer estranho que a quase 5 mil graus Celsius o centro da Terra não seja líquido. "É que a pressão prevalece sobre a temperatura, impedindo a agitação das moléculas", diz a geofísica Yara Marangoni, do Instituto de Astronomia e Geofísica da Universidade de São Paulo (USP).

Por causa do calor infernal e da pressão esmagadora, nenhuma sonda humana jamais atingiu o centro da Terra. A tentativa que chegou mais "próximo" ocorreu na década de 1970, quando pesquisadores russos abriram no país um buraco que atingiu 12 quilômetros de profundidade - uma ninharia perto dos milhares de quilômetros necessários para alcançar o núcleo.

Mas nem por isso, as previsões dos geólogos e geofísicos deixam de ser confiáveis. Para saber o que existe abaixo de nossos pés, eles se valem de cálculos e estudos sofisticados. Entre eles, a análise da composição de meteoritos, a relação entre a densidade da Terra e das rochas da sua superfície e experiências laboratoriais que simulam a propagação das ondas sísmicas. A existência de um poderoso campo magnético em volta e dentro da Terra reforça ainda mais as evidências de que há muito metal no centro do planeta.
Indo mundo abaixo o Planeta é composto de quatro camadas
1. CROSTA
Entre 6 e 75 km de espessura
Composta de rochas como arenitos, granitos, basaltos e mármores. A crosta sob os oceanos é menos espessa que sob os continentes

2. MANTO
Abaixo da crosta e até 2 891 km de profundidade
Formada por rochas de consistência viscosa, tem temperatura de 600 ºC (abaixo da crosta) a 3 500 ºC (na divisa com o núcleo). As lavas de vulcões vêm daí

3. NÚCLEO EXTERNO
Entre 2 891 e 5 150 km de profundidade
Liga metálica de ferro e níquel mais um elemento leve, como enxofre ou potássio, na forma líquida. A temperatura varia entre 3 500 ºC e 4 600 ºC

4. NÚCLEO INTERNO
Entre 5 150 e 6 371 km de profundidade
Uma bola metálica sólida, formada por ferro e níquel. A temperatura atinge 4 900 ºC. O calor é tão alto que a radiação das moléculas emitiria luz

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Entenda a cinetose, distúrbio que provoca náuseas durante viagens

Problema é mais comum entre mulheres e crianças

Para alguns, uma viagem pela Serra, um passeio de barco ou uma volta na roda-gigante tornam-se verdadeiros pesadelos. São as pessoas que sofrem da cinetose, um tipo de labirintopatia, também conhecida como o "mal do movimento". Com receio de passar mal nestas situações, há até quem se prive de atividades tão prazerosas.

— A cinetose é um distúrbio do movimento que pode ocorrer quando o corpo está parado e o entorno está em movimento, ou o inverso. O cérebro fica confuso com as informações conflitantes entre o labirinto e a visão. Essa confusão é percebida como tontura — detalha Roseli Bittar, otoneurologista do Hospital das Clínicas da USP.

O distúrbio pode ocasionar náuseas, vômitos, sudorese, palidez e desconforto físico, entre outros sintomas. O problema pode ocorrer em qualquer fase da vida, com incidência maior entre as mulheres e as crianças. Mesmo após o termino da viagem, algumas pessoas podem continuar com o problema.

— Essa sensação ocorre principalmente em quem faz viagens de navios. É o que chamamos de "mal de desembarque", mas ela desaparece após o fim da viagem. Mesmo quem está acostumado a viajar de barco pode vir a sofrer com cinetose, se o mar estiver muito agitado — afirma Fernando Ganança, otoneurologista da Unifesp.

O neurocirurgião Alexandre Meluzzi explica que o órgão responsável pelo movimento é uma extensão no nosso sistema auditivo e possui uma estrutura chamada vestíbulo, popularmente conhecida como labirinto. Esse órgão tem três canais semicirculares, todos preenchidos com um líquido viscoso, denominado endolinfa. O interior desses canais é revestido por células com diversos cílios ligadas a terminações nervosas, que estão em contato com nosso sistema nervoso central.

Os movimentos que nossa cabeça sofre durante as viagens provocam o deslocamento desse líquido, desviando os cílios e gerando impulsos elétricos que chegam até o sistema nervoso central. Que, por sua vez, responde a esses impulsos com a sensação de náusea, podendo a pessoa sofrer enjoos e vômitos.

Os especialistas chamam isso de vestibulopatia temporária, cinetose ou mal do movimento. Meluzzi alerta que o estímulo pode até gerar inflamação no órgão do equilíbrio, intensificando os sintomas e causando uma espécie de labirintite.

Se você já sabe que vai enjoar durante uma viagem, peça para seu médico algum tipo de medicamento que iniba os sintomas da cinetose antes mesmo de eles acontecerem.

O que fazer para evitar o mal-estar durante a viagem

Feito o diagnóstico médico de cinetose, o paciente deve tomar cuidados quando for fazer viagens de carro, navio, barco ou avião. O recomendado é que a pessoa escolha lugares no veículo onde a amplitude do movimento seja menor, como o banco do meio ou as partes centrais — no avião ou navio — em vez das pontas. No caso dos automóveis, viajar com velocidade reduzida, fazendo curvas mais largas, pode melhorar os sintomas.

Dicas

:: Mantenha os olhos fixos em um ponto imóvel.

:: Evite olhar objetos ou situações em movimento como as ondas do mar.

:: Não fique muito tempo em jejum e cuidado com as dietas radicais. Procure ter uma alimentação balanceada, comendo a cada três horas.

:: Aumente a ingestão de água: beba pelo menos seis copos por dia.

:: Evite ingerir café, doces ou alimentos muito gordurosos.

:: Fique em locais bem ventilados.

:: Evite comer muito antes de se expor a situações estimulantes.

:: Evite bebidas alcoólicas durante essa exposição.

:: Evite contato com cheiros fortes (do motor da embarcação, do escapamento do carro, de cigarro).

:: A região próxima ao meio de uma embarcação balança menos.

Como agir durante uma crise

:: Vá para um lugar ventilado.

:: Fique sentado, de olhos abertos, olhando para um ponto fixo na parede.

:: Procure um médico.

:: Não dirija ou manuseie máquinas ou equipamentos cortantes.

:: Nunca se automedique.

Os 20 mandamentos caninos.

Aja como eles e seja feliz:

1. Nunca deixe passar a oportunidade de sair para um passeio.
2. Experimente a sensação do ar fresco e do vento na sua face por puro prazer.
3. Quando alguém que você ama se aproxima, corra para saudá-la(o).
4. Quando houver necessidade, pratique a obediência.
5. Deixe os outros saberem quando invadiram o seu território.
6. Sempre que puder tire uma soneca e se espreguice antes de se levantar.
7. Corra, pule e brinque diariamente.
8. Coma com gosto e entusiasmo, mas pare quando estiver satisfeito.
9. Seja sempre leal.
10. Nunca pretenda ser algo que você não é.
11. Se o que você deseja está enterrado, cave até encontrar.
12. Perceba as coisas antes delas acontecerem .
13. Quando chamar a atenção, deixe alguém tocá-lo.
14. Evite morder quando apenas um rosnado resolver.
15. Nos dias mornos, deite-se de costas sobre a grama.
16. Nos dias quentes, beba muita água e descanse embaixo de uma árvore frondosa.
17. Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
18. Não importa quantas vezes for censurado, não assuma a culpa que
não tiver e não fique amuado... corra imediatamente de volta para seus amigos.
19. Alegre-se com o simples prazer de uma caminhada.
20. Quando alguém estiver passando por um mau dia, fique em silêncio,
sente-se próximo e, gentilmente, tente agradá-lo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Por que temos diferentes tipos sanguíneos?

Os diferentes tipos sanguíneos humanos provavelmente surgiram para afastar as doenças infecciosas. A incompatibilidade de alguns tipos de sangue, no entanto, é apenas um “acidente” da evolução. Mas esse é um problema relativamente recente, já que a transfusão de sangue existe a apenas algumas centenas de anos.

Existem quatro tipos sanguíneos principais. O mais antigo é o B, que deve ter se originado há cerca de 3,5 milhões de anos – existia antes mesmo de a espécie humana ter evoluído de seus ancestrais hominídeos, a partir de uma mutação genética que modificou um dos açúcares que ficam na superfície das células vermelhas do sangue.

Aproximadamente 2,5 milhões de anos atrás, mutações inativaram o açúcar, originando o sangue do tipo O, que não tem nem o açúcar do tipo A nem do B. O sangue AB, como é fácil supor, é coberto tanto pelo açúcar A como pelo B.

Esses açúcares fazem com que alguns tipos de sangue sejam incompatíveis entre si. Se for feita uma transfusão de sangue com um doador de sangue do tipo A para uma pessoa com o tipo B, o sistema imunológico do receptor reconheceria o invasor e começaria um ataque – essa reação imunológica poderia matar o indivíduo.

O sangue do tipo O negativo é conhecido como o “doador universal” porque não tem as moléculas que podem provocar essa reação (o “negativo” significa que ele não tem outro tipo de molécula na superfície, conhecida como o fator Rh).

A principal causa evolucionária dos variados grupos sanguíneos parece ser as doenças. Por exemplo, a malária parece ser a principal força seletiva por trás do tipo O. Esse tipo sanguíneo é mais prevalente na África do que em outras partes do mundo, e se acredita que esse sangue carrega algum tipo de vantagem evolutiva.

A vantagem parece surgir no sentido de que as células infectadas com malária não aderem bem aos tipos sanguíneos O ou B. Células sanguíneas infectadas com malária são mais propensas a ficar nas células com o açúcar A, formando aglomerados conhecidos como “rosetas”, que podem ser fatais quando se originam em órgãos vitais, como o cérebro.

Por outro lado, as pessoas com sangue tipo O podem ser mais propensas a outras doenças. Por exemplo, essas pessoas são conhecidas por serem mais suscetíveis a serem atingidas pela bactéria Helicobacter pylori, que provoca úlceras.

Entretanto, os cientistas ainda não sabem se algum tipo de doença em específico provocou os diferentes tipos de sangue dos humanos.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O ciclo da vida

Toneladas de CO2 circulam na Terra. Eliminado na expiração dos seres vivos, o carbono é em seguida degradado e absorvido pelas plantas, que então produzem oxigênio

O carbono liberado pelos troncos em chamas vai para a atmosfera
Toda a vez que expiramos, damos a partida no automóvel, acendemos uma lâmpada – ou fazemos qualquer outra coisa – lançamos dióxido de carbono na atmosfera. O carvão, o petróleo e o gás natural que movimentam a economia carbono incorporado a plantas há centenas de milhões de anos – e esse carbono agora está voltando à atmosfera através das chaminés, dos canos de escapamento e das queimadas. O CO2 é o principal, dentre os diversos gases gerados por atividade humana, que aumenta a capacidade da atmosfera em reter calor. O metano emitido por rebanhos de gado e aterros sanitários, assim como os clorofluorcarbonetos (CFC) usados em alguns modelos de geladeira e aparelho de ar condicionado, são outros desses gases. O derretimento de geleiras, o início antecipado da primavera e a elevação constante na temperatura média são apenas os sinais mais óbvios do aquecimento global a cada dia mais nítido no século 21.

Por ano, a humanidade despeja na atmosfera cerca de 9 bilhões de toneladas de carbono (são mais de 30 bilhões de toneladas de CO2). Desse total, 88% vêm da queima de combustíveis fósseis e da fabricação de cimento. O resto é desflorestamento. No entanto, menos da metade dessa emissão bruta permanece na atmosfera e contribui para o aquecimento do planeta. Para onde vai o resto? “Quando se pensa nisso, é um mistério e tanto”, revela o cientista Steven Wofsy. A sua estação de pesquisa na floresta Harvard, no estado de Massachusetts, não é o único local em que a natureza está respirando fundo e, com isso, ajudando a nos salvar de nós mesmos. Pois são as florestas, os campos e os oceanos que funcionam como sorvedouros de carbono. Eles reabsorvem metade do CO2 que emitimos, freando o seu acúmulo na atmosfera e adiando os efeitos no clima.
O problema é que os cientistas não sabem com certeza se esse processo benéfico vai continuar ou se, com o aumento das temperaturas globais, ele não poderia até mesmo virar algo prejudicial – com as florestas e outros ecossistemas se convertendo em fontes de emissão de carbono, lançando na atmosfera mais do que conseguem absorver. Tais dúvidas levaram os pesquisadores às florestas e aos campos, às tundras e aos oceanos, com o objetivo de monitorar e entender o carbono desaparecido.

Não se trata apenas de questão de curiosidade intelectual. Verões causticantes, tempestades violentas, padrões alterados de precipitações e deslocamentos de espécies são algumas das mudanças climáticas que podem ser ocasionadas pelo aquecimento global. E a humanidade está a caminho de acrescentar à atmosfera do planeta outras 200 a 600 partes por milhão (ppm) de dióxido de carbono até o fim deste século. Nesse nível, segundo o ecologista Steve Pacala, “coisas terríveis poderiam acontecer, e o universo de possibilidades negativas é tão amplo que algumas delas são inevitáveis”. Entre tais perspectivas estão o fim dos recifes de coral, o crescimento das áreas desertificadas, a alteração no curso das correntes marinhas que transportam calor, talvez provocando, por exemplo, o resfriamento das ilhas britânicas e da Escandinávia enquanto o resto do mundo fica cada vez mais quente.

Se a natureza deixar de dar a sua contribuição – ou seja, se os sumidouros de carbono deixarem de reter parte do nosso excesso de dióxido de carbono –, poderemos enfrentar mudanças drásticas antes mesmo de 2050, em um desastre súbito demais para ser evitado. Porém, se os sumidouros mantiverem ou aumentarem sua atividade, poderíamos contar com mais algumas décadas para substituir as fontes energéticas emissoras de carbono que hoje sustentam a economia mundial. Alguns cientistas e engenheiros acreditam que, se entendermos o funcionamento dos sumidouros naturais, seremos capazes de torná-los mais eficientes ou até mesmo criar nossos próprios reservatórios para armazenar com segurança essa ameaça ao clima planetário.

O pano de fundo dessas esperanças é um ciclo natural tão concreto quanto a nossa respiração e tão abstrato quanto os números coletados por Steven Wofsy. Em 1771, ainda nos primórdios da Revolução Industrial e do seu apetite voraz por combustíveis fósseis, um clérigo inglês identificou as etapas cruciais do ciclo natural do carbono. Em uma série de engenhosos experimentos, Joseph Priestley constatou que o fogo e a respiração dos animais “maculavam” o ar em um jarro selado, tornando-o insalubre. Mas ele também descobriu que um ramo viçoso de hortelã era capaz de restaurar a saúde do ar. Priestley não chegou a dar nome aos gases relevantes, mas hoje sabemos que o fogo e a respiração consomem oxigênio e emitem dióxido de carbono. O ramo de hortelã revertia ambos os processos. Na fotossíntese, o CO2 é absorvido e convertido em tecido vegetal, eliminando o oxigênio como um subproduto.

O nosso mundo não passa de um jarro semelhante, ainda que bem maior. Dezenas de bilhões de toneladas de carbono circulam por ano entre a terra e a atmosfera: eliminado na expiração dos seres vivos, é em seguida degradado e absorvido pelas plantas, que então produzem oxigênio. Um tráfego similar de carbono ocorre nos mares.

Em comparação com essas vastas trocas naturais, os poucos bilhões de toneladas que os seres humanos lançam no ar anualmente parecem insignificantes. Mas, como um dedo apoiado no prato de uma balança, nossas incessantes emissões vêm desequilibrando o ciclo. O carbono acumulado na atmosfera está aumentando: subiu 30% desde a época de Priestley. E hoje atingiu um nível mais elevado que em qualquer outro momento nos últimos 20 milhões de anos. Chegou a hora de tentar reverter essa tendência.
FONTE: National Geographic

Exames demais fazem mal à saúde

Diagnóstico precoce pode induzir a tratamentos desnecessários, que deixam as pessoas realmente doentes 

A maioria das chamadas doenças modernas é definida numericamente. Se sua pressão arterial estiver acima de certo número, por exemplo, você é diagnosticado como hipertenso e é medicado. Se estiver abaixo, você não é. Simples assim.

Existem diversas outras enfermidades em que você pode ser enquadrado como portador simplesmente se estiver fora dos números fixados — mesmo se não tiver nenhum sintoma aparente. Ao estabelecermos estes números, nós, médicos, tentamos fazer um diagnóstico precoce e, desta maneira, prevenir consequências graves, como um ataque cardíaco, no caso de hipertensão.

Entretanto, o diagnóstico precoce é uma faca de dois gumes. Se ele tem o potencial de salvar vidas, também carrega um perigo grande: a excessiva detecção de anormalidades que nunca nos incomodaram e, talvez, nunca incomodariam. Muitas pessoas diagnosticadas com diabetes, hipertensão ou osteoporose jamais desenvolveriam os sintomas e nem morreriam destas doenças. Isso acontece principalmente quando os casos são leves. Mas podem correr riscos de, mesmo assim, ao serem medicadas, terem efeitos colaterais indesejáveis, o que acarretaria em novos exames, novos remédios e novas doenças.

As regras numéricas para definir doenças são importantes e determinam o que chamamos de ponto de corte: se você passa um número acima, é chamado de doente. Um número abaixo, é considerado saudável. Eu adoraria dizer que estes pontos de corte são resultados apenas de um processo científico. Mas eles são mais do que isso: envolvem também julgamentos de valores e até mesmo interesses financeiros. Com o passar dos anos, diversos pontos de corte foram alterados significativamente. Ainda que isso tenha ocorrido com as melhores intenções, o resultado é que aumentaram em demasia os diagnósticos e os tratamentos de pessoas que potencialmente nunca ficariam doentes.

Pense na seguinte situação: você se sente bem, mas alguém lhe sugere exames para saber se seus ossos estão suficientemente fortes, uma vez que a osteoporose é uma doença grave. Os exames revelam que sua densidade óssea está um pouco abaixo da média para sua idade e você é aconselhado a tomar medicamentos para evitar o risco de fraturas. Três medicamentos, uma úlcera de esôfago como efeito colateral, e três especialistas depois, dizem que agora você pode ter câncer de tireoide. Trata-se de um caso clássico de eventos em cascata — neste exemplo, com um final feliz, pois o último médico em questão soube avaliar que praticamente todos os adultos têm alguma evidência de câncer de tireoide. E aqui, o paciente em questão nem tinha osteoporose — é o que se chama de “pré-osteoporose”.

Seria fácil, então, mudar as regras para alterar os números e redefinir o que seria considerado normal. A discussão pararia por aí. Mas, infelizmente, não existe um método matemático ou uma equação que defina quem é normal e quem não é. Precisamos, sim, pensar no paradoxo que hoje se tornou a promoção da saúde: para serem saudáveis, as pessoas precisam procurar doenças?

Gilbert Welch é médico e pesquisador na área de diagnóstico precoce de doenças na Universidade Dartmouth (EUA). Ele é autor de Overdiagnosed, escrito com Lisa Schwartz e Steven Woloshin (2011)