Se todo o mundo consumisse recursos naturais como os EUA fazem, precisaríamos, pra começar, de 4 Terras e meia para que o mundo não entrasse em colapso logo de cara.
Nos EUA existe praticamente um carro para cada adulto. São 231 milhões de veículos, ou 76 carros para cada 100 habitantes. O planeta todo tem 850 milhões de carros. Se tivesse a proporção dos EUA, seriam 5,12 bilhões, acompanhados da conta em aço, petróleo, eletricidade e tudo o mais que seria necessário para produzi-los. Um planeta assim consumiria todo o petróleo que pode haver no nosso pré-sal (150 bilhões de barris) em menos de um ano. E para alimentar os 6,7 bilhões de bocas do mundo com a mesma quantidade de carboidratos e proteína que os 307 milhões de americanos consomem? Faltaria solo no mundo. Uma alternativa seria turbinar a irrigação. Mas aí a água, que já está em falta, não daria conta: para fazer a carne de um hambúrguer, por exemplo, vão 11 mil litros d´água (contando o que o boi bebe e o que vai no cultivo de ração). O jeito seria dessalinizar água do mar. Mas fazer isso consome mais energia do que temos como produzir de forma sustentável hoje. Quer dizer: ou passaríamos por uma revolução tecnológica e de produção ou adeus mundo.
Derretimento global
Se o mundo não reduzir pela metade as emissões até 2050, estima-se, haverá um aumento de até 7 °C na temperatura média do planeta, com consequências catastróficas. Num “mundo EUA”, em vez de reduzir em 50%, as emissões totais saltariam imediatamente mais de 500%, 10 vezes mais do que o máximo que o planeta pode aguentar sem se transformar num forno.
Alternativa: Substituir todo o carvão e o petróleo por fontes que não emitam CO2.
Faça-se a luz
Para ficar tão iluminado quanto os EUA, o mundo teria de multiplicar por 5 a produção de eletricidade. No Brasil, por exemplo, hoje consumimos o equivalente a 4 Itaipus. Para chegar ao patamar americano, precisaríamos de outras 23.
Alternativa: Como não há potencial hidrelétrico no mundo para dar conta disso, o jeito de obter tanta energia sem poluir nada seria com a fusão nuclear, que só libera vapor d’água e não usa urânio. A primeira usina assim sai do papel na próxima década, na França (se a crise deixar).Nesse ritmo, levaria 350 anos para gerar essa demanda
Fim de todo petróleo
Os americanos consomem 24,5 barris de petróleo por cabeça a cada ano (contra 4,5 barris na média mundial). Para produzir os 135 bilhões de barris a mais por ano, seria necessário produzir 338% mais do que hoje.
Alternativa: Usar o petróleo só como matéria-prima de tecidos e plásticos.
Quase 10 galinhas por habitante
Os americanos consomem 3 vezes mais carne que a média mundial. O único jeito de triplicar a produção seria fazer carne só a partir de animais confinados, cuja criação não ocupa muito espaço. Mesmo assim, o sistema digestivo dos bois produziria tantos gases do efeito estufa quanto 150 milhões de carros.
Alternativa: Produzir carne em laboratório a partir da reprodução de células animais (e não de animais inteiros). As pesquisas já começaram.
Ferro, muito ferro
Teríamos que aumentar em 80% a extração de minério de ferro, a matéria-prima do aço. A produção em 200 foi de 1,6 bilhão de toneladas. Para tirar o 1,3 bilhão extra, o mundo precisaria de mais 4 mineradoras do tamanho da Vale, que é a maior produtora mundial de ferro. As reservas (230 bilhões de toneladas) aguentariam só mais um século.
Alternativa: Reciclagem.O ferro pode ser reciclado aproveitando uma taxa de 85% de aproveitamento. Mesmo assim, nesse ritmo levaríamos 250 anos para esgotar o ferro totalmente
Agroproblema
Alternativa: Irrigar e fertilizar áreas hoje pouco produtivas (como Israel fez) e investir em engenharia genética, em busca de vegetais que cresçam melhor e mais rápido. De preferência sem usar terra.
Fonte: Planeta Sustentável
mas com 5 kg de carne da pra vinte comê?
ResponderExcluirAchei esplêndido,essas alternativas.
ResponderExcluir