quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Voyager chega ao espaço profundo

Nunca chegamos tão longe… literalmente! Enquanto você lê esta matéria, a nave Voyager 1, construída pela NASA e lançada a 35 anos, está a impressionantes 17.970.000.000 (quase 18 bilhões de) quilômetros da Terra – até mais, na verdade, pois viaja a 10 quilômetros por segundo.

Firme e forte, a Voyager 1 continua lançando sinais de rádio para cá, recebidos (16 horas depois) com entusiasmo por astrônomos nos Estados Unidos.
Na semana passada, os sinais indicaram que a nave está finalmente saindo da heliosfera (a “fronteira” do nosso sistema solar). 
A entrada nessa região, para você ter uma ideia, foi em 2004.

É a primeira vez que um artefato humano chega tão longe. “Nós estudamos todos os dias os dados obtidos. Estamos lidando com algo nunca antes visto”, disse o cientista Edward Stone.

O que há para além da heliosfera? Quase um vácuo absoluto, povoado por alguns cometas que, sabe-se como, ainda orbitam o sol. Ou haverá mais do que isso?
A bordo de cada uma das sondas, foi colocado um disco feito de cobre. Funciona de forma muito parecida com um dos antigos vinis (toca com uma agulha, como se fosse em uma vitrola), mas tem o revestimento de uma placa de ouro (daí o nome Golden Record). Na placa, foi grafada uma explicação feita em desenhos que, espera-se, ajude os eventuais alienígenas que encontrarem o disco a conseguirem acessar seu conteúdo.

E que exatamente foi colocado neste disco? Um pouco de tudo. Os cientistas incluíram 116 imagens da Terra (algumas de paisagens e cenas cotidianas, outras de civilizações e monumentos), 20 sons da natureza, tais como o vento e a chuva, saudações da Terra em mais de 50 idiomas e até trechos da música de Beethoven e Mozart!

É claro que isso pode não chegar nas mãos de alguma civilização em um futuro tão próximo. Por isso, os pesquisadores galvanizaram na placa de ouro uma amostra do isótopo urânio-238, que tem uma meia-vida de 4,5 bilhões de anos. Através dela, os extraterrestres poderão calcular a idade do disco.

Falta saber, portanto, quem seria candidato a encontrar todo esse material e descobrir que existe vida fora do planeta deles. Infelizmente, as chances são pequenas. O próprio Carl Sagan (cientista falecido em 1996, que coordenou a fabricação do disco) já afirmava à época do lançamento que eram pequenas as chances de que alguma nave espacial recolhesse a nossa “mensagem na garrafa” lançada no espaço.

Talvez as chances aumentem agora que as sondas estão prestes a sair do sistema solar. Alguns cientistas continuam extremamente céticos a esse respeito.

Para conhecer o conteúdo do disco clique aqui.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Os 5 países líderes em eficiência energética


Fazendo mais com menos
Além de ter uma das tarifas mais altas, o Brasil não tira o melhor da energia que consome. Num ranking que avaliou a eficiência entre as 12 maiores economias do mundo, o país é o décimo colocado geral. Realizado pelo Conselho Americano para uma Economia de Energia Eficiente (Aceee), o levantamento avaliou o uso de energia a partir de 25 indicadores, distribuídos em quatro áreas-chave: indústria, transporte, edificações e esforços nacionais em prol da eficiência energética. Segundo o estudo, um país que usa menos energia para atingir um mesmo resultado, ou mesmo superá-lo, reduz custos e polui menos, criando uma economia mais competitiva
Ao todo, o Brasil atingiu 41 pontos de um total de 100 possíveis. No item indústria, o país fez 10 pontos, menos da metade da pontuação máxima no quesito, de 14. Já no uso de energia pelo setor de edificações, foram 13 pontos de um total de 28. O melhor desempenho em termos de eficiência energética veio da área de transporte - 13 pontos de um total de 15, empatando com os Estados Unidos na quinta colocação. E o pior desempenho do país veio do quesito esforços nacionais, que analisa a existência e iniciativas de criação de políticas e legislações específicas para fomentar o uso consciente da energia, como a criação de selos de eficiência: com apenas 5 de um total de 25 pontos possíveis, o Brasil ocupa o último lugar.

1º - Reino Unido
Pontos totais: 67 ( de 100)
Primeiro colocado no ranking geral, o Reino Unido tem o setor produtivo mais eficiente em energia entre os países analisados, com 18 pontos de um total de 24. Seu segundo melhor desempenho diz respeito aos esforços nacionais para criação de legislações ou políticas que estimulem a eficiência energética, perdendo apenas para a Alemanha e empatando com o Japão.

Quando o assunto é transporte, o Reino Unido se sai tão bem quanto Itália, China e Alemanha, todos com 14 pontos de um total de 23. Já o desempenho mais fraco vem do setor de edificações, com 17 pontos
(de 24), rendendo a quarta colocação, ao lado dos Estados Unidos e da Alemanha.

2º - Alemanha
Pontos totais: 66 (de 100)

A Alemanha é o segundo país mais eficiente em energia do mundo, segundo o ranking geral da Aceee, perdendo pela diferença de um ponto para o Reino Unido. Seu melhor desempenho (19 pontos de um total de 25 possíveis), vem dos esforços nacionais para melhorar a eficiência energética como um todo.

Nas demais áreas-chave, o país ocupa o 3° lugar no ranking específico de transporte, o 4° em edificações e o 5° em relação ao uso de energia pela indústria.

3 º - Itália
Pontos totais: 63 (de 100)
Terceira colocada no ranking da Aceee, a Itália tem o setor de transporte mais eficiente entre os países analisados, empatando apenas com China, Alemanha e Reino Unido, todos com 14 pontos de um total de 23 possíveis. Sua segunda pontuação de destaque diz respeito ao uso de energia pela indústria – o país fez 17 de um total de 24.

Na análise dos esforços nacionais em prol da eficiência energética, a Itália ficou em 5° lugar, com total de 16 pontos entre 25 possíveis. O pior desempenho veio do setor de edificações, que jogou o país para o 7° lugar, ao lado da França, ambos com 16 pontos de um total de 28.

4º - Japão
Pontos totais: 62 (de 100)

O Japão é o quarto colocado na lista de eficiência energética da Aceee. Os melhores desempenhos dizem respeito aos esforços nacionais em prol da eficiência energética - com 18 pontos de um total de 25 possíveis, o país empata com o Reino Unido no segundo lugar -, e ao uso de energia pela indústria - também faturou o segundo lugar (com 17 pontos de 24), ao lado da França e da Itália. Já nos rankings específicos de transporte e edificação, o país ocupa, respectivamente, 8° e o 9° lugares.

5º - França
Pontos totais: 60 (de 100)

No quinto lugar do ranking geral aparece a França, que tem seu melhor desempenho no uso eficiente de energia pelo setor industrial - na avaliação específica, o país empata com Itália e Japão, na terceira colocação, com total de 17 pontos de 24 possíveis




Via InfoExame

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Veja quanto a energia representa nos preços dos produtos

Preço da energia para as indústrias vai cair até 28%. Custo da energia representa 5% do custo de produção de um carro.

A presidente Dilma Rousseff anunciou oficialmente nesta terça-feira (11/8) que as contas de energia elétrica vão ficar mais baratas a partir de 2013. Para os consumidores, a fatura vai ficar em média 16,2% mais barata. Já as indústrias terão queda de até 28% no custo.

Em discurso na última quinta-feira (06/8), a presidente já havia adiantado o governo pretendia reduzir o custo da energia. Na ocasião, Dilma afirmou que a queda do custo da energia elétrica “tornará o setor produtivo ainda mais competitivo”.

Segundo levantamento feito a pedido do G1 pelo Grupo Azo e pela Chiarini Consultoria, a energia representa cerca de 5% do custo médio de um veículo. No caso de alimentos, pode chegar a 2%. (Veja no gráfico acima)

"Nas linhas industriais, as participações do consumo de energia elétrica são bem diferenciados. A grande maioria de produtos de consumo varia numa faixa de 0,5% a 2,5% no custo do produto. A redução de energia para indústria terá maior impacto no segmento de industria pesada - a metalurgia e química - ou de bens intermediários [maquinários, ferramentas e peças] e para bens de consumo durável", disse Marco Quintarelli, sócio e diretor comercial do Grupo AZO.

Impacto
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a queda de 28% na tarifa de energia reduzirá em até 4% o custo fixo de produção da indústria brasileira e dará um impulso para que as empresas voltem a investir.

“Essa medida aumenta a competitividade da indústria e estimula o investimento porque reduz preços e faz com que o empresário tenha mais confiança em produzir e gerar emprego no Brasil. Teremos um produto mais competitivo no mercado nacional e internacional”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, em nota. A diminuição dos custos deve ser repassada para o consumidor final, na avaliação do presidente da CNI.

Fonte: G1