terça-feira, 13 de janeiro de 2015
Microsoft encerra o suporte básico ao Windows Seven
A partir desta terça (13/01/2015), o sistema não recebe novas ferramentas e até 2020, apenas atualizações de segurança serão feitas. Depois de 2020 o sistema estará "morto".
Microsoft encerra nesta terça-feira (13) o suporte base para o Windows 7, o sistema operacional mais usado em computadores e notebooks de todo o mundo, segundo dados da consultoria Global Stats. Isso quer dizer que a empresa não fornecerá mais atualizações gratuitas ou lançará novas ferramentas para o software.
A Microsoft deixa de prestar suporte para os usuários de todas as versões do Windows 7 (Enterprise, Enterprise N, Home Basic, Home Premium, Professional, Professional for Embeded Systems, Professional N, Starter, Starter N, Ultimate, Ultimate for Embeded Systems, Ultimate N e Home Premium N).
Lançado em 2009, o Windows 7 é o sistema mais presentes em PCs do mundo: roda em 49% desses equipamentos, segundo dados da Global Stats de dezembro de 2014. Com a suspensão de suporte, a Microsoft tenta fazer com que os usuários rumem para o Windows 8.
No ano passado, a companhia apresentou seu mais novo sistema, o Windows 10. Também no ano passado, a maior empresa de software do mundo “aposentou” aquele que era até então o seu sistema mais utilizado, o Windows XP.
A partir de agora, os updates serão feitos apenas para corrigir falhas em aplicações e passam a ser cobrados. Esse tipo de suporte, chamado de estendido, dura até 14 de janeiro de 2020. O objetivo é corrigir problemas de segurança, para que os computadores do usuário equipados com o Windows 7 não sejam alvejados por ataques de hackers.
Fonte: G1
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Degelo da calota Antartida é irreversível segundo cientistas
Dois estudos publicados neste mês mostraram que uma grande extensão da calota polar começou a desmoronar
O aquecimento global provocado pela emissão humana dos gases do efeito estufa ajudou a desestabilizar a calota polar, embora possivelmente outros fatores também sejam responsáveis, disseram os cientistas.Segundo eles, é provável que a elevação do nível do mar continue sendo relativamente lenta no restante do século 21, porém, num futuro mais distante, isso pode se acelerar de forma marcante, potencialmente arrastando a sociedade a uma crise.
"Isto de fato está acontecendo", declarou em uma entrevista Thomas P. Wagner, que dirige os programas da NASA relativo ao gelo polar e ajudou a supervisionar parte da pesquisa.
— Não temos como interromper o processo agora. Mas ainda existe a limitação da física em relação à velocidade do fluxo do gelo — disse.
Dois estudos científicos divulgados em 12 de maio pela revista Science e pela Geophysical Research Letters tiveram resultados semelhantes utilizando métodos diferentes. Os dois grupos de cientistas constataram que as geleiras da Antártica Ocidental haviam se retraído o bastante para desencadear uma instabilidade natural na calota polar, o que os especialistas temem há décadas. A NASA convocou uma entrevista coletiva por telefone a fim de frisar a urgência das descobertas.
A calota polar da Antártica Ocidental situa-se em uma depressão na Terra em forma de taça, com a base do gelo abaixo do nível do mar. A água morna do oceano está fazendo com que o gelo localizado na borda da taça se afine e derreta. Conforme o limite frontal do gelo se afasta da borda e entra em águas profundas, ele pode derreter mais rapidamente do que antes.
Em um dos estudos, uma equipe coordenada por Eric Rignot, glaciologista da Universidade da Califórnia, em Irvine, utilizou medições aéreas e por satélites para documentar a aceleração do derretimento de seis geleiras que vêm desaguando na região do Mar de Amundsen nas últimas décadas. E com o levantamento atualizado do terreno abaixo da calota polar, a equipe conseguiu excluir a presença de quaisquer montanhas ou colinas grandes o bastante para desacelerarem o derretimento.
— Hoje, apresentamos evidências observáveis de que uma grande parte da calota polar da Antártica Ocidental se retraiu irreversivelmente — Rignot disse em uma entrevista coletiva da NASA. — Já passou do ponto sem volta.
Essas seis geleiras sozinhas podem fazer com que o nível do mar se eleve mais de um metro com seu desaparecimento, Rignot disse, possivelmente dentro de dois séculos. Ele acrescentou que é bem provável que o derretimento dessas geleiras desestabilizará outros setores do manto de gelo, assim a elevação final pode ser o triplo disso.
Uma equipe separada liderada por Ian Joughin da Universidade de Washington estudou uma das geleiras mais importantes, a Thwaites, através de uma modelagem computadorizada sofisticada, em conjunto com as recentes medições da corrente de gelo. A equipe também constatou que um colapso lento seria inevitável. Mesmo que a água morna derretendo o gelo acabasse hoje, seria "tarde demais para estabilizar o manto de gelo", Joughin disse. "Não existe mecanismo de estabilização".
As duas equipes trabalharam de forma independente na preparação dos estudos, que seriam publicados com diferença de dias entre si. Após descobrirem que os resultados eram parecidos, as equipes e suas publicações concordaram divulgar as descobertas no mesmo dia.
A nova descoberta parece ser o cumprimento de uma previsão feita em 1978 pelo eminente glaciologista, John H. Mercer da Universidade do Estado de Ohio. Ele delineou a natureza vulnerável do manto de gelo da Antártica Ocidental e alertou que a rápida emissão humana dos gases do efeito estufa representava "uma ameaça de desastre". Ele foi atacado na época, mas nos últimos anos, cientistas vêm observando com preocupação crescente os desdobramentos dos eventos previstos por Mercer (ele morreu em 1987).
Os cientistas disseram que o manto de gelo não estava derretendo por causa das temperaturas mais quentes do ar, e sim porque a água relativamente quente que ocorre naturalmente nas profundezas do oceano estava sendo puxada para a superfície pela intensificação dos ventos poderosos que cercam a Antártica nas últimas décadas.
E embora não se conheça claramente a causa desses ventos, muitos pesquisadores consideram o aquecimento global antropogênico como um fator significativo. Os ventos ajudam a isolar a Antártica e a esfriar a sua superfície, mas o aquecimento global permanece, traduzindo-se em uma diferença de temperatura mais aguda entre e Antártica e o resto do globo. Essa diferença fornece energia adicional para os ventos, que por sua vez misturam as águas dos oceanos.
Alguns cientistas acreditam que o buraco na camada de ozônio acima da Antártica – provocado não pelo aquecimento global e sim por um problema ambiental completamente diferente, a emissão humana dos gases prejudiciais à camada de ozônio – também possa acrescentar energia aos ventos. E a variação natural também pode contribuir, embora os cientistas não acreditem que isso seja o fator principal.
O nível do mar global vem sofrendo elevação desde o século 19, porém, a Antártica até agora foi apenas um pequeno fator. O maior fator até hoje é que a água do mar se expande conforme aquece.
Mas a previsão é que o derretimento tanto da Groelândia quanto da Antártica seja bem mais importante no futuro. Um comitê científico das Nações Unidas, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, alertou que o nível do mar em todo o mundo pode subir até um metro por volta do final deste século caso não haja maiores esforços para controlar as emissões dos gases do efeito estufa. As novas descobertas indicam que provavelmente a situação piore nos séculos subsequentes.
Richard B. Alley, cientista do clima da Universidade Estadual da Pensilvânia que não participou do novo levantamento, mas estuda as calotas polares há décadas, declarou que achou os novos estudos convincentes. Embora ele tema a possibilidade de um colapso da calota polar há muito tempo, quando soube das novas descobertas "tremi um pouco", disse.
Ele acrescentou que, embora uma grande elevação do nível do mar agora seja inevitável na Antártica Ocidental, a emissão contínua dos gases do efeito estufa certamente irá piorar a situação. Os gases captadores de calor poderiam desestabilizar outras partes da Antártica assim como a calota polar da Groelândia, potencialmente provocando elevação do nível do mar o suficiente para que muitas cidades costeiras mundiais por fim tenham de ser abandonadas.
Alley declarou, "Se de fato acendemos o pavio na Antártica Ocidental, é muito difícil pensar em apagá-lo. Contudo, existe uma série de outros pavios, e existem muito mais palitos de fósforo, e precisamos decidir agora: devemos acendê-los?".
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br
por Justin Gillis e Kenneth Chang
sexta-feira, 14 de março de 2014
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